Alex Alano lança novo álbum, sem arestas

15/10/2012
ADOLFO GERSHMANN/DIVULGAÇÃO/JC
ADOLFO GERSHMANN/DIVULGAÇÃO/JC

Mariana Amaro, especial JC

Canções redondas. Assim, o músico Alex Alano define as composições de seu novo álbum - não por acaso, também intitulado Redondas - que debuta amanhã no palco do Theatro São Pedro (Pç. Mal. Deodoro, s/nº), às 21h.  O cantor, que também faz parte do grupo porto-alegrense Cidade Baixa, apresenta as 13 faixas do CD - entre elas Hai kai e Pra depois -, além de outras da sua carreira. 

“Eu queria fazer um disco em que ninguém pulasse de faixa”. Com esse objetivo em mente, Alano compôs o que ele considera um “álbum manso”, com um som mais calmo e gostoso. Ele teve a ideia em uma viagem à Índia. “Estava na praia com meu irmão e contei que queria fazer um CD só com músicas redondas. Nessa hora se iniciou o pôr do sol, e as ondas ficaram vermelhas. Meu irmão brincou com o fato e, na hora, fiz o refrão de Ondas vermelhas”, conta ele.

Alano define como “redondas” as obras de um artista que acertam mais na qualidade formal, estética, harmônica e melodiosa. E, de acordo com ele, outra característica importante para alcançar este produto sem arestas é a simplicidade. “Quando se começa a compor, se quer mostrar serviço e daí tu complicas. E na depuração, com o trabalho de criação, tu alcanças uma simplicidade criativa. Vai ficando simples e original”, diz, completando que “é algo que gera uma empatia no público. A troca se torna melhor”. 

O disco foi pré-produzido nos estúdios caseiros do compositor e dos produtores. O resultado? Uma grande obra de artesanato. “Foi um trabalho bastante coletivo, desde a seleção das canções, a escolha dos grooves de bateria, até os detalhes de arranjo, uma busca harmoniosa entre os produtores e eu”, explica. Redondas também marca a estreia do selo Engenho Music, do próprio Alano.

Acompanhado pelos músicos Mano Gomes (bateria), Guto Wirtti (baixos), Jefferson Marx (guitarras e violões) e Giovanni Berti (percussão), Alano promete um show de lançamento especial. “Tem um monte de surpresas, prefiro não contar agora, mas vai ser muito bacana”, deixando um tom de mistério. A apresentação de amanhã também contará com a participação especial de Ana Kruger, Matheus Kleber, Jorginho do Trompete e Paulinho Fagundes.

O músico estreou em 1986, no show solo Singular, plural e outras, após voltar de uma temporada de dois anos na França. Em 1988 lançou Canibal, trabalho autoral que contou com a participação de nomes como Alegre Correa, Renato Mujeiko, Gringo Saggiorato e Guinha Ramirez. De 1998 a 2003, esteve à frente da banda Venerável Lama como cantor e guitarrista.

Integrante do grupo Cidade Baixa desde 2004, Alano garante que não terá problemas em gerenciar sua carreira solo e continuar com o conjunto, já que outros integrantes também têm ocupações e funções fora da música. “Sou um cara do coletivo, gosto de trabalhar em grupo, mas precisava do trabalho solo e botar as minhas composições para fora. Então é paralelo, continuo fazendo os dois”, completa. 

Com a trupe, Alano já lançou três álbuns e um CD e DVD ao vivo, premiado com o Açorianos de melhor CD de MPB em 2009.

Redondas - Alex Alano

  • Theatro São Pedro
  • Terça, às 21h
  • Ingressos entre R$ 10,00 e R$ 50,00, à venda na bilheteria do local.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=105935

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