Cantor e compositor Alex Alano lança o CD 'Redondas' nesta terça-feira

15/10/2012
Adolfo Gerchmann / Divulgação
Adolfo Gerchmann / Divulgação

Show no Theatro São Pedro começa às 21h. Ingressos custam R$ 50 e incluem o disco

Roger Lerina
roger.lerina@zerohora.com.br

Foi em Goa, na Índia, durante um crepúsculo em fevereiro de 2008, que Alex Alano decidiu fazer um novo disco solo – duas décadas depois de gravar o primeiro.

O resultado dessa resolução à beira-mar é um álbum com 13 faixas, redondas como o sol vermelho, que o cantor, violonista e compositor apresenta nesta terça-feira (16/10), às 21h, em show no Theatro São Pedro.

Desde 2004 cantando no grupo Cidade Baixa – projeto dos compositores Fausto Prado e Caetano Silveira que já lançou três CDs e conquistou o Prêmio Açorianos de Melhor Disco de MPB em 2009 –, Alex Alano fez sua estreia fonográfica em 1988, comCanibal, trabalho autoral que contou com a participação de grandes instrumentistas como Alegre Corrêa, Gringo Saggiorato e Guinha Ramirez. Entre 1998 e 2003, o músico esteve à frente da Venerável Lama como cantor, compositor e guitarrista – a banda lançou dois discos. A vontade de retomar a carreira solo, porém, impôs-se naquela tarde meditativa em que observava um pôr do sol sanguíneo ao lado do irmão Ananta – que na época vivia na Índia.

– Foi ali que me veio o refrão da canção Ondas Vermelhas. O Ananta brincou com as palavras "red ondas". Só depois eu percebi que ali também se fechava um ciclo na minha vida – conta Alex, 49 anos, a respeito da gênese de Redondas.

A mudança de fase está relacionada com o lado empresarial do artista: ao lado do mano e de outra sócia, Alex administra uma pousada em São Francisco de Paula.

– Carreira solo dá trabalho, tu és síndico de tudo. Dividir as responsabilidades de uma banda me deu certo alívio. Já a pousada me absorveu durante anos. Em compensação, ela me proporcionou tranquilidade para voltar para a música – pondera.

Outra vez síndico de si mesmo, Alex chamou para ajudá-lo a produzir esse novo voo solo os músicos Marisa Rotenberg e Gelson Oliveira. Sem pressa, os três foram selecionando o repertório do disco, em busca do conceito redondo – e visualizado na roda-gigante da foto acima, que também estará no palco do Theatro São Pedro, criação da artista Andréa Dórea, mulher de Alex:

– Eu tinha cerca de 70 canções, mas queria gravar só aquelas redondas, mais bem resolvidas harmônica e esteticamente. Quando tu compões, há também músicas mais agressivas, espinhentas, feitas para mostrar serviço.

O cuidado na produção, nos arranjos e na procura por uma sonoridade singular deu certo: os 13 temas de Redondas – todos compostos por Alex – fluem saborosamente, embalados pela voz suave do intérprete em letras que falam de amores e experiências de vida. A abordagem é de MPB pop, que assume sotaques diferentes: reggae com percussão indiana (Céu de Gibraltar), blues (Densidade Zero e Nega), pop argentino tipo Fito Páez (Polar) ou samba (Tão Tá).

No show, Alex estará acompanhado de uma banda formada por Mano Gomes (bateria), César "Ratão" Moraes (baixo), Jefferson Marx (guitarras e violões), Luiz Mauro Filho (teclados), Giovanni Berti (percussão) e Andréa Cavalheiro (vocais), além das participações especiais da cantora Ana Krüger, de Paulinho Fagundes (violão), Jorginho do Trompete, Matheus Kleber (sanfona) e Milene Aliverti (violoncelo).

"Vou ganhando as ondas pra conquistar o mar", avisa Devagar. Redondas, na avaliação de Alex, avançou nessa direção:

– Acho que foi gol.

REDONDAS
Alex Alano
Engenho Music,13 faixas, produção de Marisa Rotenberg e Gelson Oliveira, R$ 25 (quem comprar o ingresso para o show no valor de R$ 50 leva também o CD)
Cotação: 3 de 5

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2012/10/cantor-e-compositor-alex-alano-lanca-o-cd-redondas-nesta-terca-feira-3918389.html

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